Barões

BARÃO DE QUELUZ


Joaquim Lourenço Baêta Neves, o Barão de Queluz, título que recebeu por Carta Imperial em 23 de maio de 1873, nasceu em Queluz, a 25 de julho de 1834 tendo sido batizado na ermida de São José, da fazenda do “Alto da Varginha”, a 5 de agosto de 1834.  Era filho de Joaquim Lourenço Baêta Neves, nascido na Vila de Santa Maria de Góes, distrito de Coimbra, comarca de Arganil, no Reino de Portugal, em 180 e de Ana Manuela, do Corteredor. Casou-se, em 26 de agosto de 1861, com sua prima Maria da Conceição Baêta Neves. Faleceu a 11 de agosto de 1880.
Foi Presidente da Câmara de Queluz e um dos responsáveis pelo abastecimento de água da cidade, juntamente com o Barão de Suassui e Joaquim Afonso Baêta Neves,  utilizando uma nascente do Morro da Mina.
 Doou um artístico chafariz, para o Largo da Matriz, inaugurado em 1881.
Foi provedor da Irmandade do Santíssimo Sacramento, fundador e primeiro provedor da Irmandade de Santo Antônio de Queluz (1870-1880). Tenente-coronel da Guarda Nacional e deputado provincial em Minas Gerais de 1870 a 1873, 18ª e 19ª legislaturas.
Foi, assim, um grande benfeitor de Queluz.

Pesquisa: Avelina Noronha


BARÃO DE SUASSUÍ
           
O Solar do Barão de Suassuí foi construído nos primeiros tempos do século XVIII. Em 1787 foi reformado.
No vetusto prédio funcionou o Colégio “Monsenhor Horta”, no final da década de trinta, até meados de 40, junto com a antiga Faculdade de Comércio. Depois, abrigou o Fórum da comarca (até 1956) e a E.E. Inconfidência.
No início do século XIX, tornou-se propriedade de José Ignácio Gomes Barbosa, último capitão-mor da Real Villa de Queluz. Seu filho, também chamado José Ignácio Gomes Barbosa, o Barão de Suassuí, herdou o solar. A mãe do barão era Maria do Rosário de Jesus. Ele se casou com Antônia Jesuína Tavares de Mello Barbosa, que era irmã do Senador do Império e médico do Imperador Doutor José Tavares de Melo. Faleceu em Queluz, em 13 de novembro de 1869.
O Barão era Comendador da Imperial Ordem de Cristo, Cavaleiro da Imperial Ordem de Cruzeiro e da Imperial Ordem da Rosa. Seu nome também está ligado ao abastecimento de água na antiga Queluz. Em  1854, foi eleito presidente da Câmara       Municipal.
José Ignácio Gomes Barbosa, o Barão de Suassuí, foi uma das mais expressivas personalidades do Império em Queluz.


Pesquisa: Avelina Noronha


BARÃO DE COROMANDEL

José Francisco Netto, médico, natural de Congonhas do Campo (Queluz de Minas), nasceu em 1829 e radicou-se em Itaverava. Viveu na sede do distrito depois na sua fazendo do Ribeirão. Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo brilhante tese.
Nomeado Barão de Coromandel, por carta Imperial de S. M. Dom Pedro II, em reconhecimento a serviços prestados a Minas Gerais, durante grande surto de varíola que atingiu a Província. Naquela época, apresentou-se o dr. José Francisco Netto como voluntário e foi ele próprio tratar dos variolosos no isolamento que então se formou junto à cidade de Mariana, isolamento este que se fez por sugestão sua.
Vice-presidente da Província de Minas Gerais, presidiu a Província no período de 30/12/1880 a 5/5/1881 por impedimento do presidente. Foi também membro da Assembléia Legislativa da Província de Minas Gerais durante várias legislaturas, tendo sido presidente dessa Assembleia no biênio 1882-1883.
Nunca deixou de exercer a medicina, o que sempre fez com enorme talento e grande amor à profissão.
Morreu em 3 de janeiro de 1886, aos 57 anos, em Itaverava, na fazenda do Guarará, para onde fora em desempenho dos seus misteres profissionais.. Sempre procurou prestigiar a terra onde vivia, tendo mesmo, em cerca ocasião, conseguido verba substancial do Governo para a conservação de sua belíssima igreja barroca.

Fonte: “Itaverava: Núcleo de Bandeirantes”, de Antônio Emídio Lana

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